Jovens da Fundação CASA de Sertãozinho realizam tour cultural por museus da capital
Aproximação com a cultura amplia o conhecimento dos adolescentes e marca o encerramento das férias escolares
Um grupo de cinco adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo (CASA) de Sertãozinho participaram recentemente de um tour cultural pelos Museus Pina Luz, Pina Contemporânea e ao Museu da Língua Portuguesa, localizados na capital paulista.
O objetivo da ação foi ampliar o conhecimento cultural desses jovens e marcar o encerramento das férias escolares.
No período da manhã, os adolescentes conferiram a exposição “Lygia Clark: Projeto para um planeta”, em cartaz na Pina Luz, e percorreram a mostra com obras de artistas abstratos brasileiros.
Em seguida, eles caminharam pelo Parque da Luz, até Pina Contemporânea, onde eles conferiram a mostra “Sallisa Rosa: Topografia da Memória”.
A exposição é composta por mais de 100 peças de cerâmica avermelhadas, todas feitas à mão pela artista, com formatos variados. Os itens são dispostos tanto no chão quanto suspensos por fios, criando um ambiente que remete a uma mistura de paisagens como cavernas, desertos e a superfície do planeta Marte.
Em seguida, os jovens conheceram as exposições do Museu da Língua Portuguesa. A primeira mostra visitada foi “Línguas Africanas que fazem o Brasil”, onde eles puderam brincar, tocar, ouvir e visualizar palavras que tem origem nos povos Bantu, Nagô e Iorubá e que são presentes no nosso cotidiano.
Na sequência, eles foram ao cinema do local para assistir ao filme “O que Pode a Língua?” e, por fim visitaram a Praça da Língua – Planetário das Palavras, onde sentiram a experiência sonora e digital de textos da literatura e da música brasileiras.
De acordo com o técnico da Gerência de Arte e Cultura, José Apostolo Neto, que acompanhou a visita dos jovens, a experiência foi muito positiva. “Eles descobriram que a arte não se reduz apenas a um quadro na parede, mas que existem obras onde o público pode, além de tocar, vestir, dobrar, montar e desmontar”, destacou.
“Eles também compreenderam que algumas artes não representam o real ou atribuem um sentido único. Existem obras que preferem trazer o abstrato, o vazio e o nada, para que o observador possa contribuir na sua construção”, concluiu o técnico.
“A cultura é uma ferramenta poderosa para a transformação. Proporcionar esse tipo de experiência aos jovens é fundamental para ampliar suas perspectivas e estimular o desenvolvimento pessoal e social”, reforça a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto.