CASA Itaquera tem palestra com autor de “Loko de Pedra”

Escritor Fabio Goes falou sobre superação de vícios na atividade que iniciou a agenda de férias escolares

 

Os adolescentes que cumprem socioeducativa de internação no CASA Itaquera, na zona Leste da cidade de São Paulo, assistiram na última segunda-feira (03) à palestra com o escritor e palestrante Fabio Goes, autor do livro “Loko de pedra – Como curar os vícios”, um ex-policial civil. Em pauta, a história de vida do escritor, que superou o vício em drogas ilícitas.

A atividade é parte da agenda de férias escolares dos adolescentes em internação, que seguem o sistema da rede pública estadual. A programação local prevê, ao longo do mês de julho, apresentações teatrais e circenses; outras palestras com escritores; discussão sobre meio ambiente seguida de vivência com animais, como cobra e coruja; e a presença de um planetário móvel, o Planetário Móbile, com aula de astronomia.

Durante cerca de duas horas, o escritor contou que, por quase 30 anos, foi viciado em drogas ilícitas, utilizando cocaína, crack e outros entorpecentes, um hábito que começou na juventude.

Goes teve diversas internações, mas apenas na última, há pouco menos de uma década, conseguiu a superação. Ele disse aos jovens do CASA Itaquera que, durante a última internação, encontrou na religião cristã o caminho para se fortificar e superar o vício e estar em abstinência.

Apesar de ser dependente químico, hoje “está limpo”, escreveu o livro para alertar sobre os impactos e perdas que teve pelo uso de drogas, como a profissão que desejava, a família e bens materiais. Hoje, Goes se reergueu, formou nova família e seguiu em frente.

Segundo a diretora do CASA Itaquera, Flavia Mangolin de Barros, a história de vida do escritor se confunde com as experiências de jovens hoje atendidos no centro socioeducativo. “Muitos adolescentes vieram da Cracolândia e da Sé e realizavam pequenos furtos para sustentar o vício em drogas”, explicou a diretora.

“Estar em internação também acaba sendo um período para os jovens observarem que conseguem ficar sem a droga e trilhar novas oportunidades para o futuro, o que depende deles quererem mudar de vida”, acrescentou Flavia.

Para isso, de acordo com a diretora, os adolescentes no convívio podem colaborar na superação ao respeitar o histórico individual e evitar o preconceito pelo passado na dependência química.

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