Jovens do CASA Topázio visitam Itaú Cultural
Adolescentes conheceram na sexta (04) exposição Brasilianas e ocupação Milton Santos
Cinco adolescentes, com idades entre 16 e 17 anos, que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Topázio, no Complexo do Brás, em São Paulo, visitaram na última sexta-feira (04) o Itaú Cultural, organização voltada, de forma gratuita, à produção e difusão artístico-cultural, localizada na mais famosa via da capital, a avenida Paulista.
No local, a partir de visitação guiada com educadores do Itaú Cultural, jovens e servidores que os acompanharam conheceram parte do acervo permanente na exposição Brasilianas, além da história do lendário geógrafo brasileiro Milton Santos, na ocupação que leva seu nome. Os adolescentes participantes estão matriculados entre o 9º ano do Ensino Fundamental e 2ª série do Ensino Médio.
Com esta visita presencial, só em 2023, a Fundação CASA levou 71 jovens em internação e semiliberdade, de municípios das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, Vale do Paraíba e Litoral, em 16 visitas presenciais, além de outros 255 jovens do interior em sete visitas guiadas on-line. A iniciativa é parte da parceria entre a CASA, por meio da Gerência de Arte, Cultura e Educação Profissional (Gacep), e a área educativa do Itaú Cultural.
Durante cerca de uma hora e meia, os jovens viajaram pelo acervo cultural disposto nos 514 metros quadrados do Espaço Olavo Setúbal, onde se encontra a exposição Brasiliana, que conta com 1.364 obras, entre pinturas, desenhos, gravuras, caricaturas, livros, entre outros. No Espaço, ainda encontraram a coleção Itaú Numismática, que traz 395 peças, entre moedas, medalhas, condecorações, barras de ouro e objetos.
Já na Ocupação Milton Santos, conferiram a biografia, o engajamento e a influência política do geógrafo negro, nascido em 1926, que renovou o pensamento geográfico brasileiro e mundial. Em 2023 se completaram 22 anos da morte de Milton Santos, que ficou exilado por 14 anos durante o regime civil-militar instaurado entre 1964 e 1985.
De acordo com a técnica da Gacep Denise Gama Manoel, que acompanhou a visitação, os adolescentes prestaram muita atenção e interesse ao aprendizado artístico. “Uma técnica que os intrigou foi a litogravura utilizada pelos pintores naturalistas, que desenhavam na pedra, sobrepondo depois tinta e óleo e ‘carimbando’ em papel próprio da técnica de pintura”, explicou a técnica da Gacep.
A maioria dos adolescentes visitantes mora na capital e, apesar de já ter estado na região da avenida Paulista, nunca havia entrado no Itaú Cultural porque desconhecia a gratuidade para a visitação. “As visitas servem para mostrar que o espaço também é de uso dos adolescentes, seus familiares e companheiras, ou seja, de qualquer pessoa”, afirmou Denise.
Até o final do ano há mais visitas presenciais e virtuais programadas de diferentes centros socioeducativos da Fundação CASA.
