Jovens da Fundação CASA brilham no Sarau Mil Grau
Evento promovido pelo TJSP reuniu crianças e adolescentes abrigados e jovens em internação no contexto do programa Apadrinharte
Um grupo de 16 adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação nos CASAs Jardim São Luiz II, em São Paulo, Santo André II, na Região Metropolitana de São Paulo, e Maestro Carlos Gomes, em Campinas, brilharam em três apresentações culturais durante a 2ª edição do Sarau Mil Grau, promovido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) na última quinta-feira (08) no Cine Marquise, na capital paulista.
O evento reuniu 61 crianças e adolescentes de dez abrigos da capital que também apresentaram sua arte no canto, na dança, no ballet e outras linguagens. O Sarau foi uma realização do programa Apadrinharte, do TJSP, que fomenta a inserção desses dois públicos em espaços de elaboração e propagação de arte e cultura.
O jornalista José Roberto Burnier, da TV Globo, foi o mestre de cerimônias. A cada exibição, direitos infanto-juvenis previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) eram recitados.
“O acesso à cultura é um dos direitos constitucionais de fundamental importância para o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes”, afirmou o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa.
As linguagens exibidas pelos adolescentes da Fundação CASA no Sarau envolveram música e esporte.
Asa Branca, canção eternizada de Luiz Gonzaga, foi tocada ao violino por um adolescente em internação no CASA Maestro Carlos Gomes, em Campinas. O jovem faz aulas semanais gratuitas no Instituto Anelo há pelo menos três meses, fruto de uma ação da sua equipe de referência, baseado em uma das metas do seu plano individual de atendimento (PIA). O Instituto é uma associação sem fins lucrativos em Campinas.
Três rítmicas canções tocadas com instrumentos de percussão por sete adolescentes do CASA Jardim São Luiz II, da capital paulista, animaram ainda mais a plateia na harmonia da kalimba, pandeiro, tambor e outros. Os jovens, que participam das aulas de percussão do projeto Guri no centro socioeducativo, ensaiaram dois sambas e uma surpreendente música natalina.
Já os nove jovens do CASA Santo André II, acompanhados pela coordenadora pedagógica, Karla Renata de Souza, encerraram as exibições do Sarau com uma destemida demonstração acrobática. Acrobacias que demonstraram força, equilíbrio e coordenação, fruto de ensaios periódicos no centro socioeducativo.
Os ensaios dos números acrobáticos começaram por volta de maio deste ano, quando a coordenadora pedagógica propôs a realização de uma coreografia com acrobacias durante o Festival Ginástica para Todos/Breaking, promovido pela Fundação CASA em junho no SESC Jundiaí.
De lá para cá, a trupe montou uma nova coreografia e também já fez apresentações externas, como em uma universidade privada em Santo André e na Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescentes realizada pelo município.
Por meio do Programa Apadrinharte, pessoas físicas e jurídicas podem oferecer ingressos, meios de transporte e alimentação para que frequentem ambientes artísticos como salas de cinema, exposições, teatro, entre outros, a crianças e adolescentes em abrigos e jovens em internados na Fundação CASA.
