CASA Vila Guilherme tem roda de conversa sobre autismo

Neuropsicóloga dialogou com adolescentes sobre a importância da conscientização da questão, celebrado no mês de abril

 

Um grupo de 14 adolescentes que cumpre medida socioeducativa de internação no CASA Vila Guilherme, no Complexo da Vila Maria, em São Paulo, participaram ontem (25) de uma roda de conversa sobre autismo com a psicóloga Katia Scavone, especialista em Neuropsicologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A iniciativa é parte das atividades pedagógicas mensais temáticas da equipe do centro socioeducativo com os jovens, a partir de cores. Neste mês ocorre o Abril Azul, de conscientização sobre o autismo, que se dedica a debater e dar visibilidade a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“O uso de propostas pedagógicas diferenciadas, que aproveitem o contexto social para a discussão de temas importantes e complexos com os adolescentes em internação, colabora diretamente na formação cidadã deles”, afirma o presidente da Fundação CASA, João Veríssimo Fernandes.

Durante pouco mais de uma hora, os jovens, que cursam os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, ouviram atentamente a profissional descrever o transtorno do espectro autista, como se manifesta, formas de diagnosticá-lo, o preconceito enfrentado por quem tem a doença, os direitos de quem possui TEA e a necessidade de apoio às famílias dos doentes e aos cuidadores.

“Notamos que os adolescentes desconheciam sobre o autismo e foi muito esclarecedor para eles”, avalia a coordenadora pedagógica do CASA Vila Guilherme, Marcela Cerqueira Gonçalves, que convidou a profissional.

Durante o bate-papo, surgiram dúvidas dos jovens sobre a diferença entre autismo e síndrome de Down; a forma de interagir com quem possui TEA, uma vez que são sensíveis ao barulho; e mesmo a possibilidade de crianças e adolescentes com o problema de frequentar a escola formal.

A psicóloga ainda deu dicas sobre como acolher uma pessoa autista em crise e como inclui-las socialmente. No final, um jovem, de 19 anos, apresentou a música que compôs, intitulada “Zomba Mesmo”, sobre a inclusão de crianças com deficiência.

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