Jovens da Fundação CASA em Guarulhos conhecem instituições de ensino federais

Adolescentes da Fundação CASA Guayí visitaram a Unifesp e o Instituto Federal de São Paulo para ampliar a visão de futuro

 

Foto mostra três adolescentes de costas, de pé à frente de prateleiras com livros organizados. dois buscam livros e um terceiro lê um deles folheado
Na Unifesp, adolescentes conhecem biblioteca e outros espaços da Universidade

Chegar à 3ª série do Ensino Médio é uma etapa importante na vida de qualquer adolescente, para pensar que profissão pretende seguir, o que fazer depois de concluir o Ensino Básico. Para três jovens de 18 anos, em atendimento na Fundação CASA Guayí, em Guarulhos, na cidade da Região Metropolitana de São Paulo, a expectativa se mistura ao cumprimento da medida socioeducativa e a perspectiva de começar a traçar o futuro para depois da desinternação.

Para auxiliá-los a ampliar os horizontes e construir um projeto de vida consistente, a equipe do centro socioeducativo levou os três jovens para conhecer instituições de ensino federais: o campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), na capital paulista. O objetivo foi apresentá-los ao ambiente universitário e de ensino especializado como estratégia para se inspirarem em escolhas futuras.

A primeira parada foi na Unifesp no dia 22 de maio. Os adolescentes, acompanhados do agente educacional Diego Frederico, da Fundação CASA Guayí, participaram de uma visita guiada pelo campus localizado no bairro Pimentas, na periferia de Guarulhos. Eles foram guiados nessa aventura do conhecimento pela vice-diretora do campus, Edna Martins, pela professora Claudia Barcelos de Moura Abreu, da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, e por um graduando do curso de Pedagogia.

Foto mostra três jovens no piso superior, observando a parte inferior do prédio. É um grande saguão, com uma estrutura arquitetônica com paredes brancas brancas e portas
No Instituto Federal, jovens se animaram com conteúdo teórico e prático

Os jovens conheceram a biblioteca, as salas de aula, o centro de memória, o teatro e até mesmo visitaram o restaurante universitário, o conhecido “bandejão”. A biblioteca ampla e com grande variedade de títulos os encantou. “Eles se embrenharam nos corredores e manusearam os livros com muita curiosidade”, conta o agente educacional.

O centro de memória foi um dos espaços que mais chamou a atenção dos adolescentes, pelo rico acervo de documentos cuidados por historiadores com o foco em resguardar a memória de acontecimentos marcantes, além das explicações sobre a realização dos processos de curadoria. Entre os documentos havia jornais antigos, correspondências e livros, alguns datados da segunda metade do século XIX. Esse contato fez até o jovem Yuri (nome fictício) se inspirar em estudar História na graduação, embora seu desejo inicial fosse na área do Direito.

Foto mostra jovens no piso superior do Instituto, observando, embaixo, máquinas de um dos cursos oferecidos
Jovens observam funcionamento de máquinas de curso técnico

“Foram quase três horas de visita e terminamos num café coletivo na sala da congregação acadêmica, onde os jovens foram acolhidos e compartilharam uma boa conversa, com trocas de experiências, risadas e diálogos francos sobre expectativas e desejos para o futuro”, afirma o agente educacional, que também esteve com os adolescentes na segunda visita.

Já na última sexta-feira (23), os jovens conheceram o Instituto Federal de São Paulo, localizado no bairro do Canindé, que oferece cursos técnicos, de graduação, de pós-graduação e de curta duração. Para um deles, Marcos (nome fictício), foi a sensação de estar na instituição de ensino que escolheu para tentar seguir a carreira profissional na elaboração de produtos, ferramentas, máquinas e equipamentos mecânicos. O rapaz presta em junho o vestibulinho para o curso técnico em Mecânica.

O acesso ao espaço do IFSP dedicado à área de mecânica foi uma das partes mais aguardadas da visitação, não só pela área ampla, mas principalmente por promover o contato com diversas máquinas e instrumentos usados no aprendizado dos estudantes.

No Instituto, os jovens conheceram diversas salas de aula de aprendizado teórico e prático – como os espaços para impressão em 3D –, além de ter contato com projetos ativos de parcerias público-privada, como a pesquisa de placas solares para uma multinacional fornecedora de energia elétrica.

A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, avalia: “Os jovens deram um passo muito importante para começar a trilhar o seu futuro, que passa pela construção do conhecimento, da especialização e da escolha por um caminho que gostem e que possa lhes trazer satisfação pessoal e reconhecimento social”.

Sobre a Fundação CASA

A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.

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