Fundação CASA promove oficina do Projeto de Alfabetização e Letramento em São Paulo
Cerca de 30 servidores da área pedagógica de centros da Divisão Regional Metropolitana Capital se reuniram para trocar experiências que impactem no aprendizado dos jovens

O cotidiano no atendimento pedagógico nos centros da Fundação CASA pode ser desafiador quando o foco é proporcionar a evolução de adolescentes que não aprenderam a ler ou escrever corretamente. Para compartilhar e fortalecer as ações junto a esses jovens, para aprimorar o aprendizado mais significativo e engajador, a Divisão Regional Metropolitana Capital (DRCAP) mantém o Projeto de Alfabetização e Letramento.
Na última quinta-feira (8), cerca de 30 servidores da área pedagógica de 17 centros de internação da Divisão se encontraram no auditório da DRCAP, na capital paulista, em mais uma reunião bimestral para a troca de experiências e aprofundamento das práticas. O objetivo dos encontros é construir estratégias assertivas na criação e produção de recursos que impactem positivamente na realidade e no aprendizado dos adolescentes.
Sob mediação da coordenadora pedagógica da DRCAP, Miriam Guedes, a reunião proporcionou um espaço de estudo e discussão das ações pedagógicas, envolvendo pedagogos e agentes educacionais que ministram as oficinas de alfabetização e de letramento nos centros de atendimento. O tema da vez foi o compartilhamento de experiências com materiais didáticos e pedagógicos em duas oficinas, uma de alfabetização e outra de letramento.

Na oficina de letramento, Miriam mediou a leitura do livro “O pássaro mais lindo do mundo… deve ser você”, de Juliana Ferretti Virgulin Utsunomyia, que conta a história de um pássaro que vivia em uma gaiola e, por um sonho, foge e vive experiências maravilhosas.
Já na oficina de alfabetização foram apresentadas duas práticas relevantes: uma de atividades com operação matemática de adição, realizada pela agente educacional Josilene Maria da Silva, no CASA Bela Vista, no Complexo da Vila Maria, e uma atividade de letras e sílabas exibida pela pedagoga Ana Celia Rodrigues Bezerra, do CASA Rio Tâmisa, do Complexo do Brás.
Segundo a coordenadora pedagógica, o projeto local da DRCAP nasceu em 2023, na antiga Divisão Regional Metropolitana Noroeste (DRMNO) e, com a fusão das regionais no ano seguinte, a proposta se manteve. Além disso, a iniciativa se alinha com o Projeto de Alfabetização e Letramento criado em 2022 pela Gerência de Governança da Educação (GGE) da Fundação CASA, justamente porque as equipes identificaram o desafio de elevar a condição de alfabetização dos jovens atendidos.
“Os temas que debatemos perpassam pela necessidade de aprimoramento constante nosso para qualificar as ações cotidianas enquanto educadores. Nesses anos, já abordamos temáticas como fases da escrita e leitura, fluência leitora e fomento à leitura”, explicou Miriam. “Nos encontros, organizamos oficinas práticas para construção de materiais didáticos.”
Um dos efeitos práticos buscados com o projeto é qualificar o repertório dos adolescentes e suas habilidades com leitura e escrita, de forma que consigam obter melhores resultados em provas públicas, como o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade ou Sob Medida Socioeducativa (Encceja PPL), vestibulares, entre outros.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, considera que “o aprimoramento constante dos profissionais impacta direta e positivamente na atuação junto aos adolescentes, formando cidadãos e propiciando a elevação da autoestima desses jovens”.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.