Jovens da Fundação CASA na capital aprendem sobre saúde mental

Adolescentes da Fundação CASA Rio Tâmisa participaram de palestra com estudantes de Medicina da Uninove

 

Foto mostra uma sala de aula do centro de atendimento, com paredes pintadas nas cores branca e azul, tendo em uma delas uma lousa verde. Em frente à lousa há cinco mulheres de pé, palestrando para os adolescentes, havendo entre elas uma tela de projeção com slide projetado. De frente para elas e de costas para quem observa a imagem, há 9 adolescentes sentados em cadeiras, além de dois adultos
Alunas de Medicina explicaram sobre a importância da saúde mental

Se discutir a importância da saúde mental com adultos já enfrenta barreiras, imagine com adolescentes, pessoas em desenvolvimento e que, muitas vezes, têm vergonha e receio de falar sobre seus sentimentos. Para tentar quebrar esse obstáculo invisível, jovens em medida socioeducativa na Fundação CASA Rio Tâmisa, no Complexo do Brás, em São Paulo, participaram voluntariamente de uma palestra sobre saúde mental com cinco estudantes da graduação em Medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove) no dia 8 de maio.

O bate-papo ocorreu em uma das salas multiuso do centro de atendimento, em dois grupos: um com adolescentes de 12 a 15 anos e outro com jovens acima de 16 anos. O foco foi adequar a linguagem e o conteúdo a cada público, de forma a se sentir acolhido. As estudantes foram levadas pelo professor Fábio Aparecido Jesus da Silva, que ministra a disciplina de vulnerabilidades para as docentes, e desenvolve ações conjuntas com o centro de atendimento.

Os adolescentes aprenderam o que é saúde mental, a importância de mantê-la saudável, quais os sintomas e como identificar quando ela está vulnerável e as formas de procurar auxílio quando observar que a saúde mental precisa de cuidados. Durante a palestra, os jovens elaboraram um mapa de sonhos, sendo acolhidos nas questões de saúde mental que apresentaram durante o processo.

Para o coordenador pedagógico da Fundação CASA Rio Tâmisa, Sandro Medeiros, o debate foi uma iniciativa importante para os adolescentes. “Os jovens receberam bem o conteúdo. Hoje temos uma população que apresenta demandas sobre saúde mental e a palestra colaborou diretamente para eles se reconhecerem”, afirmou Medeiros.

A diretora do centro de atendimento, Wanessa de Oliveira, incentiva a ação. “O professor Fábio é um parceiro para nós e trazer temas como este são imprescindíveis no atendimento aos adolescentes”, destacou.

A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, acrescenta sobre a participação da sociedade na medida socioeducativa: “Pela lei, a Fundação CASA não é completa por si só, pois há uma rede de atendimento destinada a garantir os direitos dos nossos adolescentes, e a dedicação voluntária da sociedade também contribui de forma bastante significativa no processo socioeducativo”.

Sobre a Fundação CASA

A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.

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