Semi de São José dos Campos discute combate ao abuso e exploração sexual

Com base na campanha “Faça Bonito”, jovens e servidores refletiram sobre o 18 de maio e a prevenção à violência contra crianças e adolescentes

 

“Faça bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes”. Com esse slogan, a edição 2023 da campanha nacional de mobilização para enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes foi o argumento para adolescentes em semiliberdade e servidores do CASA de Semiliberdade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, discutirem, durante roda de conversa nesta quinta-feira (18), sobre um tipo de violência que afeta crianças e adolescentes.

Há oito anos, na mesma data, o diretor do centro de semiliberdade da Fundação CASA, Marcos Valdir Silva, envolve adolescentes e funcionários em alguma ação relacionada ao tema da campanha. O objetivo é socializar informações sobre prevenção e combate ao abuso e exploração sexual, assim como prepara-los para o exercício da cidadania. Desde 2000, quando foi publicada a Lei nº 9.970, o dia 18 de maio ficou instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual do público infanto-juvenil.

Durante uma hora, o diretor do CASA de Semiliberdade, que tem formação em Serviço Social, explicou as formas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, estratégias de enfrentamento ao problema e canais de denúncia, como o Disque 100, conselhos tutelares, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Silva ainda destacou o foco da campanha, a importância da conscientização sobre a problemática, os meios de responsabilização de quem comete esses crimes e os cuidados que os adolescentes podem adotar, assim como os servidores, enquanto pais, podem se atentar a sinais de crianças e jovens que possam estar sofrendo abuso ou exploração sexual.

“No diálogo, os próprios adolescentes contaram que o assédio de abusadores e exploradores sexuais por meio das redes sociais é muito facilitado, até por ser um espaço virtual sem muito controle”, afirma o diretor do CASA de Semiliberdade de São José dos Campos. “O abuso e a exploração sexual estão presentes na nossa sociedade e atinge a todos, independentemente da classe social ou da cor da pele.”

O Dia 18 de maio foi instituído como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças a Adolescentes por ser a data da morte de Araceli Crespo, uma menina de 8 anos que, em 1973, em Vitória (ES) foi sequestrada por jovens de classe média alta e drogada e estuprada por dois dias antes de ser levada a óbito. Um crime que não teve punição.

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