Projeto Político-Pedagógico

 

Todos os centros socioeducativos da Fundação CASA pautam o atendimento por meio do plano político-pedagógico, também conhecido pela sigla PPP. Anualmente, cada um dos centros socioeducativos da instituição – sejam eles de atendimento inicial, internação ou de semiliberdade – fazem a revisão do PPP, com a participação de todos os funcionários.

O PPP é o que vai determinar, a partir de um diagnóstico da realidade do centro, qual será o modelo de atenção e o referencial teórico de trabalho.

Ele também é o ponto de partida de todo o planejamento estratégico da Fundação CASA. Isso porque, depois de discutido no centro, o PPP serve de base para que cada uma das 11 Divisões Regionais da Fundação CASA façam seu planejamento estratégico localizado. E, de maneira ascendente, todas as regionais, a partir dos seus PPPs, participam do planejamento da Fundação como um todo.

 

Como se constrói um PPP

Abaixo, segue um roteiro seguido pela equipe multiprofissional de cada centro socioeducativo da Fundação CASA para construir seu PPP.

Os centros de atendimentos da Fundação CASA devem, anualmente, elaborar seu plano político pedagógico e este deverá compor o corpo do planejamento da Divisão Regional. O plano deve ser discutido por toda a equipe do centro, sob a coordenação do diretor e orientação da encarregada Técnica da Divisão Regional/Assistente de Direção.

O Plano deve conter o diagnóstico de realidade, o modelo de atenção e seu referencial teórico.


I – O diagnóstico de realidade deve considerar:

1 – Objetivo do Centro, dentro da missão da Fundação
 

2 – Perfil de Atendimento do Centro:

  • Capacidade instalada em Portaria;
  • Capacidade física;
  • Caracterização no cumprimento da medida (primeira internação, duas internações, múltiplas internações);
  • Faixa etária;
  • Caracterização do centro (descrição física e modelo arquitetônico);
  • Caracterização do município sede do centro;
  • Caracterização do corpo funcional contemplado:

a. Funcionário, cargo, função, formação;
b. Afastados;
c. Readaptados.

3 – Perfil dos adolescentes atendidos:

  • Perfil dos adolescentes e de suas famílias;
  • Caracterização da região de moradia do adolescente;
  • Oferta profissional, na região de moradia do adolescente;
  • Levantamento da rede socioassistencial para atendimento das famílias e adolescentes.

II – Modelo de atenção e referencial teórico

 

O modelo de atenção deve ser colocado de forma a dar respostas aos achados do diagnóstico de realidade do centro socioeducativo. A oferta de serviços na área de saúde, pedagógica e segurança e disciplina devem contemplar a caracterização do centro e seu objetivo, tendo como foco o atendimento ao adolescente e à família. Neste sentido, os recursos humanos e os recursos e subsídios com os quais o centro pode contar tornam-se meios e estratégias para a realização do atendimento socioeducativo.

No plano político-pedagógico, a definição e a adoção de um modelo de atenção são as bases para o estabelecimento de ações que deem as respostas às necessidades detectadas no diagnóstico de realidade do CASA.

O centro não é um ente estático e imutável. Muito pelo contrário, é dinâmico, performático e muitas vezes inadequado ao modelo de atenção despersonificado. O centro é dinâmico porque seu objeto de atenção é dinâmico e mutável, os adolescentes são passíveis de performances muitas vezes não conhecidas e não percebidas, o que torna a atenção alvo de revisita constante.

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