Professora usa metodologias do paradesporto para aplicar em aulas na Fundação CASA

Andréia Abiscula participou de oficina do Curso de Desenvolvimento Paralímpico

Andréia cursou dois semestres de publicidade antes de ingressar na sua paixão: a educação física

A manhã fria da capital paulista não impediu a professora de educação física Andréia Abiscula, 49, de se preparar para mais um dia de aula. Mas, desta vez, o cenário era diferente. Em vez de estar nas áreas externas da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), onde leciona há alguns anos, Andréia se viu imersa, pela primeira vez, em um ambiente novo e transformador: o Programa de Desenvolvimento Paralímpico, oferecido pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado de Esportes e dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

O programa visa capacitar professores de educação física das redes públicas e particulares para a prática de oito modalidades paralímpicas, aplicadas em quatro dias de treinamento intensivo. Com uma proposta inclusiva e inovadora, o curso busca não apenas ampliar o conhecimento técnico dos docentes, mas também sensibilizá-los para a importância do esporte na vida das pessoas com deficiência.

Para Andréia, participar do curso é muito mais do que uma oportunidade de aprimoramento profissional; é uma chance de transformação e de adquirir novas técnicas. “Eu acho que todo conhecimento é válido em qualquer segmento esportivo, ainda mais para nós que trabalhamos com jovens que estão buscando oportunidade de transformação e inclusão.”

Durante os quatro dias de capacitação, os professores participaram de aulas práticas e teóricas em modalidades como atletismo, badminton, halterofilismo, futebol de cegos, judô, tênis de mesa, voleibol sentado e natação. “É fundamental investir mais na base da pirâmide, no surgimento de novos atletas e projetos. Encaro este curso de capacitação como uma chance valiosa para promover uma cultura esportiva ainda mais inclusiva no país”, afirma a secretária estadual de esportes, Helena Reis.

O curso, parte de uma iniciativa maior para expandir o acesso ao esporte paralímpico em todo o estado, não apenas capacita os professores, mas também acende uma chama de empatia e comprometimento social. Andreia, já conhecida por sua dedicação ao esporte, agora carrega uma nova missão: ser uma multiplicadora dessa experiência paralímpica entre os jovens da Fundação CASA.

“Quero levar o que aprendi para os jovens. O curso é enriquecedor e demonstra que o esporte é uma ferramenta de transformação. Vivenciar o que os outros passam é fundamental e muito motivador, além de fortalecer e enriquecer ainda mais a nossa paixão pelo que fazemos”, conta a professora.

“A capacitação dos nossos profissionais é fundamental para garantir que possamos oferecer uma educação verdadeiramente inclusiva e de qualidade. Esse tipo de formação vai além do aprendizado técnico; ela transforma a percepção dos professores e amplia o potencial de nossos jovens”, destaca a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, que já foi secretária executiva de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e tem direcionado as atividades da Fundação CASA a serem inclusivas.

O Programa de Desenvolvimento Paralímpico representa mais do que uma formação; é um convite para que cada profissional de educação física se torne um agente de mudança, capaz de transformar não só a vida dos alunos com deficiência, mas também o futuro de toda uma geração.

“É essencial que iniciativas como essa sejam cada vez mais incentivadas, pois proporcionam novas perspectivas e abrem portas para um futuro mais inclusivo e justo para todos os nossos adolescentes”, conclui Carletto.

Profissionais de educação física da Fundação CASA participam de curso paralímpico

Texto: Secretaria de Estado de Esportes
Fotos: Caroline Freitas, Edson Sousa e Programa Paralímpico

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