No mês da Mulher, Fundação CASA em Lorena debate igualdade de gênero

Jovens da Fundação CASA Lorena ainda participaram de dramatização proposta por profissionais da Supervisão da Divisão Regional Vale do Paraíba

 

A foto mostra uma sala de aula, com um quadro branco na parede. Há quatro jovens e duas mulheres adultas sentados em semi círculo. Eles observam outro grupo de adolescentes que não estão no enquadramento da imagem.
Jovens foram divididos em grupos para uma dramatização

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, os adolescentes em medida socioeducativa na Fundação CASA Lorena, no Vale do Paraíba, participaram de um debate sobre igualdade entre os gêneros, respeito e cidadania para as mulheres. A atividade envolveu conscientização sobre o tema, discussão e dramatização sobre o acesso feminino a direitos.

A ação foi promovida pela Supervisão Técnica da Divisão Regional Vale do Paraíba (DRVP), administração localizada da Fundação CASA responsável pela supervisão de centros de atendimento localizados no Vale do Paraíba e Alto Tietê, no dia 18 de março. O objetivo foi provocar e fortalecer os adolescentes para uma atitude mais empática e cidadã com as mulheres, a fim de minimizar episódios de misoginia.

A psicóloga Elisandra Castilhos e a assistente social Roberta Henrique, que atuam como supervisoras, foram as mediadoras do debate na Fundação CASA Lorena, que abordou temas como o direito das mulheres de acesso ao mercado de trabalho de forma justa e igualitária.

Numa sala de aula com um quadro branco na parede, cinco adolescentes estão sentados em cadeiras, num círculo, conversando entre si, enquanto são observados de perto por uma mulher adulta.
Ação da Supervisão da DRVP visou discutir preconceito e misoginia

Após uma abordagem inicial com todos os adolescentes em internação no local, ocorreu a dramatização do tema, a partir da história fictícia de um casal heterossexual, em que a mulher deseja trabalhar.

Uma parte dos jovens exerceu o papel de advogado de defesa da causa feminina, justificando motivos para que a mulher pudesse acessar ao mercado de trabalho, enquanto a parte contrária tinha a missão de utilizar argumentos machistas e misóginos que ainda existem na sociedade para justificar a inacessibilidade do mercado de trabalho pelas mulheres.

Os jovens ainda refletiram sobre a entrada da mulher em profissões que antes ocupadas exclusivamente por homens, quebrando tabus sociais e enfrentando desafios.

“Queríamos que os jovens reconhecessem a força feminina como um fator de impulsionamento para a sociedade crescer, sensibilizando-os especialmente para o respeito às mulheres com quem eles se relacionam ao longo da vida”, explicou a chefe da Supervisão Técnica da DRVP, Paula Gimenez.

Durante os grupos, os adolescentes também contaram suas experiências, indicando como mulheres fortes e empoderadas, como mães, avós e outras, assumiram as rédeas do núcleo familiar, mesmo diante das adversidades, especialmente na ausência do comprometimento paterno.

A expectativa da equipe da Supervisão Técnica da DRVP é estender a ação para outros centros de atendimento, abordando também outras temáticas reflexivas que contribuem no processo socioeducativo. “Os servidores têm consciência que a socioeducação ocorre de maneira interdisciplinar, com cada profissional contribuindo diretamente para o crescimento do jovem que atendemos”, avaliou a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto.

Sobre a Fundação CASA

A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.

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