Provas discursivas serão aplicadas em 74 centros de atendimento de 37 cidades paulistas a partir das 14h30
Depois de meses de estudos e muitos cálculos na ponta do lápis, 401 jovens que cumprem medida socioeducativa em 74 centros da Fundação Centro de Atendimento de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), localizados em 37 cidades paulistas, participam no próximo sábado (19) da 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), destinada a alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A OBMEP está na sua 19ª edição.
As provas discursivas serão aplicadas a partir das 14h30, pelo horário de Brasília, em todo os municípios participantes no país. Para os jovens da Fundação CASA, a aplicação ocorrerá nos próprios centros de atendimento, em cidades da Região Metropolitana de São Paulo, litoral e interior.
Nesta etapa da OBMEP, os adolescentes da instituição estão entre os mais de 900 mil estudantes de todo Brasil, de escolas públicas e privadas, que buscam as almejadas medalhas de ouro, prata e bronze, além das menções honrosas e das medalhas estaduais, numa das maiores olimpíadas de conhecimento do país, promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
A capital paulista tem o maior número de participantes da Fundação CASA na segunda fase, com 97 inscritos de 18 centros de internação. Os outros municípios onde haverá aplicação da prova na instituição são: Franco da Rocha, Guarulhos, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Itaquaquecetuba, Campinas, Limeira, Piracicaba, Mogi Mirim, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Araraquara, São Carlos, Franca, Araçatuba, Irapuru, Marília, Lins, São José do Rio Preto, Atibaia, Caraguatatuba, Jacareí, São José dos Campos, Taubaté, Iaras, Sorocaba, Cerqueira César, Botucatu, Bauru, Mongaguá, Peruíbe, Guarujá, Praia Grande e São Vicente.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, destaca a importância da participação dos adolescentes em medida socioeducativa: “A Olimpíada é uma oportunidade de os nossos jovens testarem seus conhecimentos e de se aprofundarem nos estudos da matemática e da lógica, além de ser um meio de serem inseridos socialmente em uma ação que atende a todos os estudantes da sociedade”.
Criada em 2005, a OBMEP é uma competição destinada a estudantes de escolas públicas e privadas brasileiras, composta por duas fases e dividida em três níveis: I, destinada a alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental; II, para estudantes do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental; e III, para os que estudam nas três séries do Ensino Médio. Foram inscritos 660 adolescentes no nível I, 1.278 no nível II e 2.088 no nível III.
Na primeira fase, a Fundação CASA inscreveu 3.879 adolescentes atendidos em 75 centros socioeducativos de 38 municípios paulistas. No país, segundo o IMPA, foram 18,5 milhões de alunos que participaram da etapa, que contou com uma prova objetiva eliminatória, composta por 20 questões de múltipla escolha, com cinco opções de resposta a cada pergunta.
Na Fundação CASA, os jovens estudam conteúdo programático da rede pública estadual e têm aulas com professores das escolas vinculadoras, as escolas estaduais em que são formalmente matriculados. A educação escolar nos centros socioeducativos, portanto, ocorre em parceria com a Secretaria do Estado da Educação (SEE), com coordenação da Gerência de Governança da Educação (GGE) da Instituição.
A 19ª edição da OBMEP oferece 8.450 medalhas nacionais, sendo 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze. Também há 50 mil menções honrosas, além da distribuição de 20,5 mil medalhas estaduais.
A Olimpíada, em 2024, alcançou 56.156 instituições de ensino participantes de 5.564 cidades, chegando 99,9% dos municípios brasileiros.
A OBMEP é realizada pelo IMPA e promovida com recursos dos ministérios da Educação (MEC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
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