Jovens do CASA Santo André I têm palestra sobre refugiados
Aletheia Rodrigues Solha, compartilhou suas vivências no trabalho humanitário
Os jovens que cumprem medida socioeducativa no CASA Santo André I (DRL), no Grande ABC, participaram na última sexta-feira (13/10) de uma palestra sobre refugiados, ministrada pela jornalista, Aletheia Rodrigues Solha, coordenadora de abrigos para refugiados afegãos, na cidade de São Paulo.
A palestrante falou da sua trajetória no trabalho humanitário no Brasil e ao redor do mundo. Destacou sua participação, como oficial de proteção de crianças, na Missão de Verificação de Paz da ONU na Colômbia, como também a sua atuação na Áustria, onde coordenou voluntários internacionais, em um abrigo para refugiados ucranianos. Aletheia atua como voluntária na área humanitária há 23 anos.
Por meio de uma atividade temática, a palestrante abordou ainda assuntos como sonhos e futuro, com o intuito de transmitir aos jovens uma mensagem de esperança de dias melhores.
Para enfatizar o tema, a palestrante levou um convidado especial, o Chef de cozinha, Mazen Zwawe, refugiado da Síria. Durante um bate-papo com os adolescentes, Mazen relatou sobre as dificuldades enfrentadas ao deixar seu país de origem e como conseguiu recomeçar a sua vida no Brasil.
De acordo com Aletheia, o recomeço de um refugiado coincide, de uma maneira bem relevante, com a situação dos jovens atendidos na Fundação CASA. “Um refugiado, na maioria das vezes, perdeu tudo e precisa recomeçar do zero, enfrentando desafios financeiros e psicológicos. No caso destes jovens não é diferente. Ao saírem da Instituição terão que recomeçar e os desafios não são poucos”, comentou.
Sobre o chef Mazen Zwawe
Mazen Zwawe, de 31 anos, já era chef de cozinha em Damasco. Teve seu próprio restaurante na cidade, mas o estabelecimento acabou sendo destruído em um bombardeio. Chegou ao Brasil, em 2013, vendeu água na rua por dois meses, em seguida conseguiu se dedicar à culinária. Fez bicos em restaurantes, quitutes para feiras, abriu um quiosque em uma padaria no Brás. Há quatro anos, se dedica ao próprio restaurante de comida típica do Oriente Médio, na capital paulista.