Jovens do CASA Chiquinha Gonzaga aprendem programação

Durante as férias escolares, por meio do programa Código Livre, oito garotas tiveram noções de letramento digital em linguagens utilizadas para desenvolver sites

 

Oito adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Chiquinha Gonzaga, na capital paulista, passaram por um aprendizado inédito para elas durante as férias escolares: elas tiveram noções de letramento digital acessando conhecimentos básicos das linguagens de programação HTML e CSS, utilizadas no desenvolvimento de sites para a internet.

As jovens participaram do piloto do programa Código Livre, uma iniciativa conjunta entre a organização social Somas e a escola de tecnologia Mastertech, viabilizada no centro socioeducativo por meio do Instituto Mundo Aflora.

A formação tecnológica, realizada de forma on-line com transmissão por canal no YouTube, aconteceu durante o mês de janeiro, em duas oficinas semanais com duas horas de duração cada, totalizando 16 horas. No laboratório de informática local, servidores da Pedagogia do centro socioeducativo deram apoio às jovens.

Com professoras mulheres, para motivá-las a entrar no mundo da tecnologia, as adolescentes conheceram as possibilidades de carreira na área.

Elas ainda compreenderam o funcionamento técnico do computador e da internet e aprenderam alguns códigos básicos das linguagens, além de ter noções de responsividade (a adaptação do site ao tipo de tela do usuário, seja notebook ou celular, por exemplo) e de experiência do usuário.

As aulas mesclaram teoria e resolução de exercícios práticos no computador. No final, cada uma criou o seu próprio projeto de website.

Para duas adolescentes, a iniciativa teve um impacto maior: uma delas cursa graduação em Ciência da Computação a distância e a outra acabou de ser convocada em segunda chamada para cursar o ensino técnico em Comércio, na modalidade a distância, em uma Escola Técnica Estadual (Etec) na cidade de São Paulo.

“As meninas adoraram!”, conta a coordenadora pedagógica do CASA Chiquinha Gonzaga, Andréa Motta. “A jovem que faz Ciência da Computador, por exemplo, nos disse que esse aprendizado vai ajudá-la muito na graduação.”

Entre os critérios usados pela equipe pedagógica do CASA para a seleção das jovens participantes estiveram o fato de estarem ou já terem concluído o Ensino Médio, possuírem interesse pela área, além de a inserção na formação ser condizente com as respectivas metas no plano individual de atendimento (PIA).

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