Jovens da Fundação CASA Tamoios aprendem educação ambiental no Aquário de Ubatuba
Visita guiada explorou conhecimentos de fauna e flora marinhas, além de tratar da ação humana na natureza
A preservação do meio ambiente, o contato com a fauna e a flora marinhas e a conscientização sobre o impacto da ação humana na natureza nortearam a visita que três jovens que cumprem medida na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) Tamoios, em São José dos Campos, fizeram ao Aquário de Ubatuba, no Litoral Norte paulista. A visitação gratuita, ocorrida no dia 17 de outubro, foi guiada por educador local e durou cerca de uma hora e meia.
Os jovens, com idades entre 18 e 20 anos e moradores de São José dos Campos, estiveram pela primeira vez no local, observando e sentindo na prática a educação ambiental, a partir da teoria que aprenderam em sala, nas aulas da educação escolar com professores da E.E. Euclides Bueno Miragaia. O Aquário de Ubatuba é o primeiro empreendimento privado do gênero no Brasil aberto à visitação pública e que trouxe o conceito de interatividade com a vida marinha através do tanque de toque.
Durante o passeio, os jovens observaram diferentes espécies de peixes, tubarões e tartarugas marinhas, além de aprender sobre a importância da conservação dos oceanos, que sofrem com a poluição causada pela ação humana.
“Eu nunca tinha visto um tubarão de tão perto. Foi uma experiência incrível!”, afirmou o jovem Saul (nome fictício), de 20 anos, que se encantou com a diversidade marinha. “Podemos ajudar a cuidar dos animais e do meio ambiente”, completou.
A atividade educativa ainda despertou o interesse profissional em um dos adolescentes. “Há muita coisa que eu ainda quero aprender e (a visita) me deu vontade de estudar para um dia trabalhar em um lugar como este”, afirmou Daniel (nome fictício), de 18 anos. Os jovens participantes da ação cursam entre o 9º ano do Ensino Fundamental e a 2ª série do Ensino Médio.
A visita faz parte das ações do centro de atendimento para proporcionar aos adolescentes em privação de liberdade o acesso a experiências culturais e educativas que se agreguem ao cumprimento da medida. Todas as saídas para atividades externas são previamente comunicadas e autorizadas pelo Poder Judiciário.
Segundo a diretora do CASA Tamoios, Rosa Costa, a realização de atividades externas ao ambiente socioeducativo permite que os adolescentes se reconectem com a comunidade e acessem novas realidades. “Assim, os jovens podem ampliar seus horizontes e criar novas perspectivas para o futuro”, concluiu a diretora.
Para a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, o apoio da sociedade é fundamental para a retomada do convívio dos jovens: “A Fundação CASA é uma instituição que executa uma política pública inserida numa rede de atendimento enorme, criada para atender e garantir os direitos desses adolescentes à proteção integral, como prevê a nossa Constituição, e proporcionar transformações nas suas vidas”.