Jovens da Fundação CASA de Sorocaba participam de workshop de crochê
Ação foi ministrada pelo Coletivo Artesanato Chave, que realiza oficinas gratuitas da técnica na capital e já participou do São Paulo Fashion Week
Com linhas, agulhas e um boa dose de criatividade, os adolescentes que cumprem medida nas unidades da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) de Sorocaba I e II participaram na última sexta-feira (28/03) de uma oficina de crochê ministrada pelo Coletivo Artesanato Chave, formado pelos artesãos Diego Henrique Domingos, Matheus Rodrigues, Rafael Estevão e Rafael Kurgan.
O coletivo, conhecido por produzir bonés, roupas e acessórios em crochê, ministra oficinas gratuitas ensinando a técnica no Museu das Favelas, na capital, além de já ter participado de grandes eventos do mundo da moda, como o São Paulo Fashion Week.
Durante a oficina, os jovens conheceram um pouco mais sobre a história do grupo, que começou como uma forma de gerar renda para o artesão Diego Domingos, enquanto ele ainda estava recluso no sistema prisional. Rapidamente, os acessórios caíram no gosto das pessoas e viralizaram. Em 2022, o coletivo foi criado com o objetivo de ensinar a técnica para mais pessoas, principalmente moradores de regiões periféricas.
Após a apresentação dos trabalhos do grupo, os jovens então aprenderam como iniciar a confecção de itens de crochê, alguns dos tipos de pontos mais usados e receberam incentivo para adotarem a prática como uma forma de terapia ou mesmo para a criação de suas próprias peças para venda.
De acordo com o coordenador pedagógico do CASA Sorocaba I, Aurélio Gomes Negrello, a oficina foi muito positiva. “Os jovens gostaram bastante, pois a história dos participantes do coletivo mostra que é possível dar a volta por cima e conquistar sua independência financeira se dedicando ao trabalho escolhido”, destacou.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, acrescenta ainda a importância desse tipo de ação para ampliar os horizontes dos adolescentes. “Oficinas como essa atuam como instrumentos de mudança pessoal e social mostrando, por meio de exemplos próximos dos adolescentes, que é possível alterar os rumos de suas histórias”, concluiu.
