Jovens da Fundação CASA de Mauá promovem exposição cultural em homenagem aos povos indígenas

Atividade celebra o Dia dos Povos Indígenas, com maquetes, painéis e rodas de conversa, destacando o protagonismo juvenil e o respeito às raízes do Brasil

Adolescentes apresentam maquetes a membros do Movimento Indígena Nhande vae’eté ABC durante exposição no CASA Mauá.
Exposição no CASA Mauá valoriza ancestralidade indígena com objetos típicos e interação dos jovens (Divulgação/FCASA)

Cocar, arco e flecha, rimas com identidade e maquetes repletas de significado. Com criatividade, sensibilidade e muito conhecimento, os adolescentes da Fundação CASA Mauá mergulharam no universo dos povos originários para produzir uma exposição cultural no próprio centro socioeducativo, destacando a riqueza das culturas indígenas, seus valores e formas de resistência. A atividade integrou as ações em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, celebrado no dia 19 de abril.

A ação aconteceu na quinta-feira (11/04) e reuniu trabalhos manuais, mesas temáticas e rodas de conversa orientadas por professores da rede estadual e pela equipe pedagógica do centro socioeducativo. Os próprios adolescentes atuaram como anfitriões da mostra, conduzindo servidores, convidados e colegas por um percurso de descobertas e reflexões.

“Foi uma construção intensa e muito significativa. Os adolescentes mergulharam no tema e mostraram, por meio da arte e da pesquisa, o quanto estão abertos ao aprendizado e ao respeito às culturas originárias”, explicou a coordenadora pedagógica do CASA Mauá, Priscila Valente.

No período da manhã, a coordenadora pedagógica da escola vinculadora, Cíntia Suzan Rosa, conduziu uma roda de conversa sobre o grupo de rap indígena Brô MC’s, que une o português e o guarani para afirmar a identidade cultural dos povos indígenas por meio da música. A atividade foi seguida por uma dinâmica de criação de rimas, desenhos e frases, promovendo reflexão e expressão artística dos jovens.

À tarde, o CASA Mauá recebeu Silvia Monice Muiramomi e Maura Pereira dos Santos dos Anjos, representantes do Movimento Indígena Nhande vae’eté ABC. Silvia, com vasta trajetória na luta pela causa indígena, conduziu uma roda de conversa sobre “Ancestralidade e Grafismo Indígena como Resistência Cultural”. Os adolescentes interagiram, cantaram músicas tradicionais, manusearam objetos como cocares, colares e instrumentos e ampliaram sua compreensão sobre a herança ancestral dos povos originários.

Todas as produções dos adolescentes foram doadas à comunidade indígena presente no evento, que irá inaugurar em breve um espaço cultural em Mauá com a exposição dos trabalhos.

“A valorização das raízes culturais do nosso povo é um passo essencial na formação dos jovens. Quando oferecemos espaços de aprendizado que envolvem reflexão, criatividade e respeito, estamos colaborando diretamente para a reconstrução de histórias de vida. É esse o nosso papel como poder público”, afirmou a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto.

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