Fundação CASA leva 80 adolescentes para processo seletivo de bolsas de estudo no ensino superior
Jovens participam do projeto social “Sou Futuro”, realizado em parceria com o SBT do Bem, UNIMES e TJSP
Aproximadamente 80 adolescentes que cumprem medida socioeducativa em 41 centros da Fundação CASA participaram de um processo seletivo exclusivo para concorrer a 15 bolsas de estudo integrais em cursos de graduação na modalidade à distância (EaD), por meio do projeto social Sou Futuro. A iniciativa também contempla 15 adolescentes atendidos pela Juventude Cívica de Osasco (JUCO), totalizando 30 bolsas para jovens em situação de vulnerabilidade social. A ação é fruto da parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), a Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), o SBT do Bem e a Fundação CASA.
O processo seletivo incluiu a realização de um teste vocacional online, que orientou os adolescentes na escolha do curso, seguido de um vestibular digital entre os dias 08 e 11 de abril, com 20 questões objetivas de conhecimentos gerais, Língua Portuguesa, Matemática e uma redação. O resultado foi divulgado no dia 14 de abril. Desde o dia 22 de abril os 15 jovens da Fundação CASA que conquistaram as bolsas estão estudando pela UNIMES.
Além do processo seletivo, foi realizado o “Encontro do Bem”, uma reunião entre pedagogos, psicólogos e coordenadores da Fundação CASA e da JUCO, junto a representantes do SBT do Bem, com o objetivo de discutir os desafios enfrentados por esses jovens e como os contextos sociais influenciam na adesão ao programa de bolsas. A proposta é construir, de forma coletiva, estratégias para fortalecer o desempenho acadêmico dos adolescentes e ampliar o impacto social da iniciativa.
A parceria da Fundação CASA com a UNIMES teve início em 2021. As bolsas oferecidas contemplam cursos nas áreas de bacharelado, tecnólogo e licenciatura. Desde o início da parceria, já foram ofertadas 174 bolsas de estudos em 37 opções cursos para adolescentes da Fundação CASA.
Os cursos são oferecidos em três modalidades: tecnólogo, licenciatura e bacharelado, com duração de dois anos (tecnólogos), quatro anos (bacharelado e licenciaturas) e cinco anos (bacharelado em arquitetura e urbanismo). Os cursos mais populares entre os jovens da Fundação CASA são: administração, análise e desenvolvimento de sistemas e gestão em tecnologia da informação.
Para a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, a iniciativa fortalece o compromisso da instituição com a educação como eixo central na ressocialização. “Ao ampliar o acesso ao ensino superior, reforçamos a construção de novos projetos de vida e promovemos oportunidades concretas para que esses jovens retornem à sociedade com mais perspectivas e autonomia”, afirma.
“A Juventude Cívica de Osasco-JUCO em seus 63 anos de trabalho com os jovens, encaminhando-os através do estágio para o mundo do trabalho, acredita que o ensino superior abre inúmeras portas para a área profissional. E a partir desta valorosa parceria com a UNIMES & SBT através do Projeto Social Sou Futuro, amplia-se estas possibilidades aos nossos ex-alunos estagiários e aos aprendizes que almejam uma formação de excelência ainda mais transformadora e assertiva”, afirma Daniela Yuri, representante legal da Juventude Cívica de Osasco-JUCO.
“Nós acreditamos no poder transformador da educação e o projeto SOU FUTURO nasce com esse propósito: abrir portas para quem muitas vezes teve poucas oportunidades. Cada jovem que recebe uma bolsa tem a chance de reescrever sua história, com dignidade, autonomia e esperança. É uma honra fazer parte dessa iniciativa tão especial, e a nossa expectativa é ampliar ainda mais o número de bolsas nos próximos semestres, para que mais adolescentes possam enxergar que um novo caminho é possível”, afirma Íris Abravanel, madrinha do projeto pelo SBT do Bem.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
