Festival de música estadual da Fundação CASA acontece no SESC de Sorocaba
Evento homenageia artistas nacionais e internacionais
82 jovens que cumprem medidas socioeducativas em centros masculinos e femininos da Fundação CASA participaram a partir das 13h na quinta-feira (21/09) das apresentações do Festival de Música da Instituição, o MUSICASA 2023.
O evento foi realizado no palco do SESC de Sorocaba, e contará com a presença dos centros masculinos de Sorocaba (I, II, III), Botucatu, Esperança (Itapetininga), Rio Novo e Três Rios (ambos de Iaras), João Paulo II e dos centros femininos Anita Garibaldi e Cerqueira César (esses três últimos todos da cidade de Cerqueira César). Todos os centros fazem parte da Divisão Regional Sudoeste (DRS) da Fundação CASA.
Na programação, além de canções compostas pelos jovens, estão alguns tributos a artistas já falecidos, como os compositores Luiz Gonzaga (Asa Branca), Teddy Vieira (Menino da Porteira) e os cantores Tim Maia, Chorão (Charlie Brown Jr) e Bob Marley.
O MUSICASA é um festival de música promovido anualmente pela Instituição, desde ao menos 2012, em que adolescentes em internação podem apresentar em ambientes artísticos públicos seus talentos musicais, boa parte resultado das oficinas que acontecem nos centros de atendimento. Nesses 12 anos, apenas no período da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022, não houve exibições.
O Sesc-SP recebe as apresentações com a cessão de espaços em suas unidades desde 2015. Na plateia, estarão os jovens, os servidores da Fundação CASA e alguns convidados. “As exibições não são públicas para evitar alguma estigmatização dos adolescentes, devido à condição transitória deles de cumprimento de medida socioeducativa”, explica o presidente da Fundação CASA, João Veríssimo Fernandes.
De acordo com o presidente da Instituição, a restrição da presença do público também tem um aspecto pedagógico. “Os servidores mostram para os jovens que, ao mesmo tempo em que são plateia, também se tornam artistas, invertendo as posições, assim como ocorre na vida real, pois exercemos diversos papéis”, acrescenta João Veríssimo.