Centro da Fundação CASA de Ribeirão Preto promove wokshop de leitura com livro do MV BILL
Ação ocorre por meio de articulação com Instituto Abayomi, também da cidade de Ribeirão Preto, que promove o desenvolvimento político, econômico, cultural e social da população negra
“[…] Aliás, éramos a exceção a uma regra na qual devíamos estudar pouco, entrar para o crime e morrer cedo […]”.
Esse é um dos trechos que iniciam o livro “A vida me ensinou a caminhar”, do rapper e produtor musical MV BILL, e que servirá como o fio condutor para quatro workshops de leitura e reflexão, que serão realizados com 20 jovens em medida socioeducativa na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) Rio Pardo, em Ribeirão Preto.
As oficinas acontecerão nas próximas segundas e quartas-feiras (28 e 30/04; 05 e 07/05), das 07h30 às 09h, e serão ministradas por meio de uma articulação com Instituto Abayomi, também da cidade de Ribeirão Preto, que promove o desenvolvimento político, econômico, cultural e social da população negra
O objetivo da ação é incentivar o hábito da leitura, contribuindo ainda com a questão da alfabetização e letramento e ampliando os horizontes culturais e de conhecimento, por meio de histórias que conversem com o cotidiano deles.
Como explica a coordenador pedagógico do CASA, Eliano Moreira, os jovens estão motivados para os encontros. “Muitos deles já começaram a leitura do livro do MV BILL, e é interessante o quanto essa obra traz elementos que muitos adolescentes já vivenciaram em suas realidades”, comentou.
Além disso, o workshop trabalhará ainda conceitos como autoconhecimento, autoestima e novas perspectivas de vida. “Mostraremos para esses jovens que é possível sim escolher outros rumos para suas vidas, através do conhecimento de jornadas de pessoas que tiveram a mesma origem que eles”, ressaltou.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, destaca ainda a importância dessa oficina para os adolescentes. “A mudança de trajetória é uma ação escrita a muitas mãos. A leitura é uma delas, que tem um poder transformador muito grande, principalmente quando dos jovens conseguem, além de se identificarem, se enxergarem como protagonistas de uma história”, concluiu.
