CASA Sertãozinho conscientiza adolescentes com palestra sobre “Violência contra a Mulher”
Evento foi ministrado por advogadas e representantes da OAB de Sertãozinho
Os jovens que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Sertãozinho, da Divisão Regional Norte (DRN), participaram na terça-feira (16) de uma palestra sobre o tema “Violência contra a Mulher” ministrada pelas advogadas e representantes da seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sertãozinho Aline Rubia Garoni e Aline Aparecida dos Anjos.
A palestra foi articulada pela coordenadora pedagógica do centro, Regiane Milani, e foi mediada pelo psicólogo do centro socioeducativo, Robson Rodrigo de Souza Urbano, que abordou os aspectos psicológicos envolvidos na prática dessa violência. A atividade pedagógica é parte da agenda das férias escolares do CASA Sertãozinho.
Durante a palestra, foram compartilhados com os adolescentes dados sobre feminicídios e demais formas de violência contra as mulheres ocorridas em ambientes domésticos ou não.
Outro ponto abordado foi a necessidade de se combater essas violências, valendo-se para isso da criação de leis como a Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que estabelecem punições para quem perpetrar esse tipo de ato.
O ponto alto do evento foi o debate entre os adolescentes e as palestrantes, envolvendo temas como os padrões culturais de comportamento.
Uma das questões mais abordadas foi a percepção do papel da mulher associado sempre à função de cuidado com o lar e com a família e condicionado, muitas vezes, à submissão do homem enquanto provedor, conforme aspectos passados de geração em geração.
O debate foi pontuado pelo psicólogo do centro, Robson Rodrigo de Souza Urbano, que interviu de forma a explicar os impactos causados pela repetição desses padrões na mente de crianças e jovens em desenvolvimento.
De acordo com a coordenadora pedagógica do CASA, a palestra foi muito positiva. “Os jovens participaram bastante, pois todos quiseram falar e comentar sobre suas opiniões e o que já presenciaram e/ou vivenciaram sobre o tema. Essa discussão é muito importante, pois poderemos dar continuidade à conscientização dos jovens durante seus atendimentos psicológicos”, concluiu Regiane.