CASA Mário Covas recebe “médicos” do Sorrindorfina

Grupo de palhaços que leva alegria e leveza a diversos ambientes conversou com adolescentes em internação

 

Os adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação no CASA Governador Mário Covas, no Complexo da Vila Maria, em São Paulo, receberam a visita de seis “médicos” do Sorrindorfina, um grupo de palhaços (clowns) que promove ações em ambientes diversos, como hospitais, igrejas, escolas e eventos corporativos, com a finalidade de levar alegria e leveza, tratando de forma lúdica assuntos complexos.

Durante cerca de três horas, todos os jovens do centro socioeducativo participaram de um bate-papo com os palhaços, que contaram a origem do grupo e o impacto do voluntariado, além de assistir e interagir com brincadeiras e mágicas.

A ação se originou de um anseio de mostrar aos adolescente, na prática, o que é ser voluntário, tema vindo da aula eletiva da disciplina de Ciências Humanas, ministrada pela professora Rosângela Ben Hage no Ensino Fundamental anos finais e Ensino Médio, da escola vinculadora, a E.E. Professora Florinda Cardoso.

A coordenadora pedagógica do CASA, Jéssica Cinel, propôs trazer pessoas que pudessem dar seus depoimentos. A iniciativa, então, começou pelo grupo Sorrindorfina, fundado pelo Dr. Nanal, o clown do militar aposentado Arnaldo José Pires Barbosa.

O sargento do Exército, militar há quase 20 anos, sofreu um acidente grave que o levou à aposentadoria e, posteriormente, à depressão. O meio que encontrou de superá-la foi dar vida ao Dr. Nanal e, então, criar o Sorrindorfina, que, desde 2015, procura levar alegria a pessoas em situações difíceis, como a enfermidade.

Com o tempo, profissionais de diversas áreas se agregaram ao grupo, desenvolvendo intuitivamente a técnica teatral da palhaçaria. No CASA Governador Mário Covas, Dr. Nanal, além de outros cinco integrantes, contaram usas experiências nas ações de voluntariado e os efeitos que geraram nas pessoas impactadas e neles próprios.

“Cada um explicou sua motivação em atuar como voluntário, apontando como causas a depressão, desmotivação ou mesmo uma grande perda familiar e afetiva”, detalha a coordenadora pedagógica do CASA.

Para o presidente da Fundação CASA, João Veríssimo Fernandes, o exemplo é um instrumento pedagógico. “A troca de experiências entre indivíduos, especialmente de gerações e vivências distintas, serve para ampliar o conhecimento de mundo dos adolescentes atendidos”, avalia João Veríssimo.

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