Adolescentes da DRL vão a espaços culturais da capital
Adolescentes internados em quatro centros na RMSP e Litoral visitam Itaú Cultural e a Pinacoteca e descobrem diferentes universos
Um grupo de 16 adolescentes que cumprem medida socioeducativa em quatro centros da Divisão Regional Litoral (DRL) visitaram na última semana o Itaú Cultural e a Pinacoteca, espaços a exposições na cidade de São Paulo. Em comum, a descoberta de universos culturais que a maioria deles nunca tinha estado antes.
No Itaú Cultural, oito adolescentes em internação nos CASAs São Bernardo I e II, em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), conheceram a ocupação Benjamim Oliveira e o Espaço Olavo Setubal. Já seis do CASA Praia Grande I, em Praia Grande, e dois do CASA Mongaguá viajaram do litoral até a capital para conhecer o acervo da Pinacoteca – parte dos rapazes nunca tinha saído da Baixada Santista.
Na Ocupação Benjamim Oliveira, os adolescentes de São Bernardo do Campo viram a história de um dos mais importantes artistas circenses do Brasil, que viveu entre 1870 e 1954. Apesar de ter atuado como palhaço em diferentes picadeiros por 50 anos, também foi acrobata, dançarino, ator, autor de músicas e peças de teatro, além de diretor de companhia.
No Espaço Olavo Setubal, observaram duas das coleções da companhia privada: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática. A primeira traz 969 itens, entre pinturas; tridimensionais; desenhos, aquarelas e têmperas; gravuras; dentre outros. A segunda apresenta 395 peças entre moedas, medalhas, condecorações, barras de ouro e objetos. A visitação aconteceu na última sexta-feira (14).
Na Pinacoteca, os adolescentes de Praia Grande e Mongaguá tinham à disposição e observação um acervo sobre a arte e a indústria no Brasil entre os anos de 1901 e 2021, com 250 obras de mais de cem artistas; ou ainda o idílio tropical e moderno do artista John Graz, um dos mais importantes nomes do modernismo brasileiro.
“Eles nunca imaginaram que pudesse existir um lugar como a Pinacoteca, com tantas atrações e monitores para os ajudarem a conhecer o espaço”, relatou o diretor do CASA Praia Grande I, Alexander Pestana Vicente.
“Os garotos conheceram e aprenderam coisas bem diferentes dos seus cotidianos e viram como tinham um conceito limitado sobre arte”, completou o diretor.