Iniciativa promove responsabilidade ambiental e cidadania, ensinando jovens a cuidar da terra e ter uma alimentação saudável
Em meio à rotina de atividades pedagógicas da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) Irapuru II, uma iniciativa verde vem gerando frutos e cultivando mais que hortaliças. O projeto “Meio Ambiente e Educando com a Horta Socioeducativa” oferece a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa uma oportunidade única de aprendizado e conscientização ambiental. Criado em 2020, o projeto já beneficiou mais de 110 jovens, promovendo ciclos de três meses para grupos de cinco adolescentes, com o objetivo de despertar valores de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.
Durante o ciclo, os participantes mergulham em diversas atividades que vão do preparo do solo ao plantio de mudas, desenvolvendo habilidades que transcendem a horticultura. A ideia é ensinar o valor de uma alimentação saudável e a importância do cuidado com os recursos naturais. Para isso, os adolescentes passam por oficinas práticas e aulas teóricas, com o apoio de materiais como enxadas, sementes, luvas e botas. Além disso, eles têm acesso a um curso online da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), intitulado “Hortas em Pequenos Espaços,” que complementa o aprendizado prático, oferecendo informações sobre cultivo e cuidados com hortaliças.
O diretor do CASA Irapuru II, Marlon Martins de Oliveira, destaca a importância do projeto como uma forma de transformação. “Nossa proposta é, além de proporcionar o conhecimento prático, fortalecer nos jovens o entendimento sobre o impacto de suas ações no meio ambiente. Queremos que esses adolescentes entendam que cuidar da terra é também cuidar de si e da sociedade,” afirma ele, ressaltando que o projeto vai além do cultivo, ajudando a formar cidadãos conscientes.
Para muitos desses jovens, o projeto é uma experiência nova e enriquecedora. “Nunca imaginei que um dia eu fosse aprender a plantar e cuidar da terra. No começo, nem queria participar, mas agora até sinto orgulho de ver as plantas crescendo e saber que fui eu quem plantou,” comenta o jovem Gabriel (nome fictício) envolvido nesse ciclo no projeto. “Aqui, entendemos que pequenas atitudes podem mudar muita coisa”, completou.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, ressaltou que o projeto é essencial para a construção de uma nova visão de vida entre os adolescentes. “Queremos que cada jovem entenda o seu papel na construção de um mundo sustentável, aprendendo a respeitar o meio ambiente e a importância da cidadania. Projetos como esse são fundamentais para que os jovens se reconectem com valores essenciais e ganhem novas perspectivas para o futuro.”
A iniciativa é uma maneira de ressignificar a trajetória dos jovens, oferecendo a eles ferramentas para a vida. A partir da horta, cada adolescente enxerga a possibilidade de um futuro melhor, enraizado em valores como responsabilidade e respeito pela natureza. Cada planta cultivada representa uma semente de esperança, aguardando o momento de florescer em um novo amanhã.
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