Adolescente da Fundação CASA de São Bernardo visita exposição “Um Defeito de Cor” no Sesc Pinheiros

Atividade cultural com oficina de pintura incentiva reflexão sobre história e cultura afro-brasileira
 
Grupo de pessoas, incluindo adolescentes da Fundação CASA, participa de oficina de pintura em uma sala de exposições. Sobre a mesa, tintas coloridas, pincéis e papéis em branco. Ao fundo, tecidos com estampas africanas decoram o ambiente.
Adolescente da Fundação CASA de São Bernardo participa de oficina de pintura que promoveu reflexões sobre identidade e resistência histórica (Divulgação/FCASA)

Um adolescente que cumpre medida socioeducativa na Fundação CASA São Bernardo do Campo I teve a oportunidade de visitar a exposição “Um Defeito de Cor”, no Sesc Pinheiros, na terça-feira (03/12). Além da visita, o jovem participou de uma oficina de pintura, que refletiu sobre a temática da mostra.
 
Inspirada no romance de Ana Maria Gonçalves, a exposição narra a saga de Kehinde, uma mulher africana escravizada que busca liberdade e identidade no Brasil do século XIX. A curadoria inclui obras de artistas negros, como desenhos, esculturas e fotografias, e provoca uma reflexão profunda sobre a diáspora africana, abordando temas como resistência histórica e busca pela identidade.
 
O adolescente Vinicius Gabriel (nome fictício) destacou a importância do momento. “Foi uma oportunidade de refletir sobre a nossa história e a luta por liberdade”, comentou.
 
A exposição recria os 10 capítulos do livro de romance metaficcional, representando, por meio de objetos, tecidos, imagens e sons, os aspectos centrais da história de Kehinde e outros personagens. O título “Um Defeito de Cor” faz referência a um conceito errôneo do século XIX, que associava a cor da pele a defeitos biológicos, como menor inteligência ou predisposição ao crime, desconsiderando os contextos sociais e políticos.
 
Luis Carlos Benigno, coordenador pedagógico da Fundação CASA São Bernardo I, ressaltou o valor da vivência cultural no desenvolvimento de uma visão crítica sobre a sociedade. “Essa é uma oportunidade única de aprender por meio da arte e da literatura, expandindo os horizontes de nossos jovens”, afirmou.
 
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, também enfatizou a relevância das atividades culturais no processo de reintegração social. “Oferecer experiências culturais aos jovens é essencial para fortalecer sua autoestima e incentivar a reflexão sobre suas raízes e a construção de uma sociedade mais justa”, destacou.

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